segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Saens Peña, o trabalho.





Memórias do Subdesenvolvimento, Iracema, A Lira do Delírio e Faces.
Esses são filmes com os quais Saens Peña busca algum diálogo; tenta um prolongamento; busca um eco.

domingo, 18 de novembro de 2007

Saens Peña, uma cena


Esta é uma foto do Ac Junior, que fez a metade do still do Saens Peña. A outra metade ficou por conta do fotógrafo Chris von Angeln. Neste quadro vemos Chico Diaz (Paulo), Isabela Meirelles (Bel) e Maria Padilha (Teresa), numa cena rodada na rua Carlos de Laet, muito próxima a praça que dá nome ao filme. Talvez esta cena seja um longo plano-seqüência, mas ainda não sabemos, pois a montagem só começou. Teresa tenta convenver o marido e a filha de que eles devem comprar um apartamento: "Já pensou a gente velhinho, pagando aluguel?". Como não há dinheiro nem para comprar um computador melhor, Paulo e Bel acham que Teresa está delirando.

sábado, 17 de novembro de 2007

Weerasethakul e o Som



De Apichatpong Weerasethakul, sobre o som:

"Eu trabalho muito próximo do meu desenhista de som (sound designer). Gosto de tê-lo sempre no set comigo, antes mesmo da edição de som e da mixagem porque é ali que eu começo a mapear os sentidos dos sons e das imagens conjuntamente, em cada locação em que eu chego para filmar. É um misto das sensações circunstanciais com algo que me vem também da narrativa prevista – se a narrativa muda, a textura do som também muda como um reflexo. (...) O que me interessa é que o som e a imagem componham um todo em que mesmo a fala de meus personagens, a voz deles e os diálogos escritos, estejam ali como componentes musicais do ambiente sonoro e imagético."
Copiado de http://www.revistacinetica.com.br/entrevistajoe.htm

Lucrecia Martel e o Som


Depoimento sobre o filme O Pântano:

"Sinceramente, o que mais me atrai nos filmes é o som. Quando fantasio sobre a perda de qual sentido me faria mais falta, penso que poderia perder as pernas e continuar sendo feliz. Poderia passar também sem a vista. Mas quando penso na hipótese de perder a audição, sinto que seria insuportável. Quando escrevo e penso nas histórias, para mim o som é fundamental, é o único fator que me dá o tom final do filme. Assim, é algo que tenho claro muito antes. Para mim, era claro desde o começo que o tom deste filme estava no nível dos segredos, de quando se contam segredos, e no nível da conversa social, formal. Não poderia haver nenhum grito, nenhum escândalo. Era esse o tom da película. Me pareceu também que a textura do filme tinha de ser a voz humana. Por isso, passei uma semana antes da filmagem reunindo uma porção de vozes distintas, de crianças, de adultos, vozes bem diferentes."


Copiado de http://www.cineweb.com.br/index_textos.php?id_texto=834.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cao Guimarães e o Som



Do artista mineiro Cao Guimarães, sobre o som:

"Da mesma forma que a imagem pode ser som, o som pode também ser imagem. Existem muitos pontos de confluência e fusão entre estes dois elementos. Imagem e som são farinha e ovo para a massa que vai ao forno. Para cada trabalho existe uma medida onde um mistério é fermentado. Tenho uma relação romântico-barroca com o som. Foi preciso encontrar O Grivo (e John Cage via O Grivo) e João Cabral de Melo Neto para que eles me ensinassem o outro lado da sonoridade. Aprendi a respeitar e ter carinho especial por cada partícula de som que nossos ouvidos alcançam (inclusive os que imaginamos). Aprendi a distinguir a gravidade da gravidez sonora, e expandir isso para as imagens. Se para Cage “o silêncio está grávido de som”, que tela estaria grávida de imagem, a branca ou a negra? Me pergunto se o silencio é branco ou negro. Se o silêncio está grávido de som ou se é um cemitério, um depositário de ossadas sonoras."

Copiado do http://www.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/site/dossier019/entrevista.asp

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Livros

Na semana passada vi na vitrine de uma livraria o La Rampe, do Serge Daney, traduzido pela Cosac e Naif. Me darei este livro de natal.
Por que, até agora, nenhum editor brasileiro resolveu traduzir
O Homem Ordinário do Cinema do Jean-Louis Scheffer?
E os livros do Comolli? Quando chegarão em português?

domingo, 11 de novembro de 2007

Chegando...

Em breve, aqui, algumas anotações sobre tudo o que passa na imensa tela do Cinema Olympia.